em avião...

"Vamos almoçar."
"Não, não aqui, tem baratas na comida!"
" E aí, eu ja tinha comido baratas e não foi tão ruin."

Cristina fez como queria vomitar...
Eu tinha comido baratas em Tailandia. Nos bebemus muito e depois comemos sapos, vormes, e depois baratas fritas.
Eu comi baratas durante todo tempo quando a gente chegava ao hotel. De repente o sabor ficou meio dificil, então joguei negócio fora de carro...
Outro dia eu viajei de Bangkok, escala em Vienna até Denver, o capital de Colorado.
O Jumbo partiu.
Eu estava pensando sobre meu amigo Ludek e esqueci todo sobre baratas fritas.
Não muito longe de Greenland eu fui para banheiro.
Eu tinha que mijar muito por que eu sempre tenho que beber muita cerveja antes de viajar para não ficar com medo que porra de aviçao vai cair.
Eu consequi se posicionar numa fila da muita gente e fiquei esperando...
Quando faltaram três pessoas na frente de mi, eu tinha porra de mijo quase na cueca.
Eu lutei. Eu podia dizer " gente, por favor, deixa me pasar, ou eu vou mijar minhas calças," mas não falei nada.
Sou timido.
Meus músculos estavam segurando com força total, mas eu achava que realmente não aguentarão.
FINALMENTE, entrei no banheiro. Deixei os músculos descansar. Eu senti muita libertade.
Depois de sentimento maravilhoso pasou, eu notei que alguma coisa comecou feder. PORRA, alguém fez muita merda aqui antes de mi!
Eu toquei minhas calças abaixo e notei que fui realmente eu quem estava fedendo.
Merda liquida estava pingando minhas pernas.Imediatamente me lembrei a fila as pessoas esperando a conseguir banheiro. Eu tinha que sair! Eu tinha que deixar otras pessoas mijar!! Jesus, que situação!
Eu tirei cueca cheia de merda e coloquei la dentro do banheiro. Presionei o botão. Minha cueca disapareceu.
Eu imaginei cueca caindo na cabeça ou carro de alguém.Lavei os mãos e calças e, ainda com pedacos de merda na calças, sai de banheiro.
Eu pude ver uma pergunta grande nos olhos da gente.
QUE VOÇÊ TAVA FAZENDO TANTO TEMPO!!
"Vc não acreditaria, mas eu estava deixando minha cueca sair de avião."
Eu pasei o resto da viajem na fila e solamente quatro Ibuporofens me salvaram.
"Vamos almoçar."

De livro "Short message", 2005

Bicicleta na favela

Eu sempre estacionava na frente do escritório, quando ficava na Ipanema. Não quero perder tempo a chegar ao escritório. Carlos ja está rindo. Sempre pago 5 reais para que ele cuida meu carro. Ele é da favela do lado, um negro de 100 kg, quando fica bêbado, melhor sair da situação. "Que é isso, cara!" "Nada..., bicicleta!" "Não chegou de carro hoje , não!" "Não, tô de bicicleta...pago menos então?" "Na verdade - não..., mesma taxa." Carlos não sabia, que realmente caiu na merda do dia.

Vou trabalhar.
Trabalho como todos os dias. Uma merda caindo na outra. Estámos na luta, equipamento não funciona, cliente fica puto e nós estámos fudidos.
"Do you feel like being fucked?" pergunta meu amigo Neil.
Sim, eu acho que não pode ser pior. Nósso equipamento não está pronto para funcionar normalmente.
"Mas, então, porque sua empresa vendeu?!!"
"Porra, sei lá, provavelmente para fazer muita grana. Quem vendeu, já está fora disso. "
Ás vezes, tenho que ir pra banheiro relaxar. Cinco minutas, pelo menos.
Depois de horas de trabalhar assim, estou saindo do escritório. Tenho que tomar uma cerveja do lado do escritório. Cerebro ainda está correndo atrás as coisas, mas cerveja ajuda esquecer.
Bebo cerveja e olho lugar onde deixei minha bicicleta. Lugar está vazio. Acho que Carlos tirou bicicleta e colocou em outro lugar. Mas, me lembro que ele colocou corrente, todo ficou bem amarrado...
Bom, termino cerveja e vou conversar com Carlos. Tá bêbado, como todos os dias.
"Cara, onde está bicicleta?"
"Que, bicicleta?" fala Carlos e move se de um lado para outro.
"Minha bicicleta, porra. Vc não lembra, que cheguei de bicicleta, paguei 5 reais e deixei la aqui amarrada de um corrente de fero !!?"
"Ahhh..., sim..., agora..me ...porra lembro, puta que pariu, ONDE ESTÁ SUA BICICLETA!"
"Caralho, não sei, paguei dinhero para que você cuidá-la !!"
"Ahh, ehmmm..."
Carlos começa pensar.
Meu telefone toca.
"Ivan, equipamento caiu de novo, tem que voltar pra cá."
"NÃO, por favor!"
"Sim, tá pior que de manha!"
Vou voltando para escritorio. Penso da minha bicicleta. Comprei essa bicicleta de meu amigo da Republica Tcheca por 1000 coronas (100 reais). Andei muitos kilometros e gostei muito déla. Trouxe la ao Brazil. 15000 kilometros. Agora, primeira vêz usei e..., já sei que está perdida. Sei, que está em algum outro lado da cidade.
Bom, estou trabalhando, resolvendo problemas.
"Seems like someone stick something to your ass." fala meu amigo Neil e tá rindo.
Eu até iria rir também, mas aquéla minha bicicleta..., estou realmente triste.
De repente, telefone toca.
"Aqui Carlos."
"Porra, Carlos..., vc ta bêbado, não mi liga agora por favor..., tô trabalhando."
"Sua bicicleta chegou."
Estou saindo, correndo.
Tá lá. Minha bicicleta está na frente do esritório e Carlos parece muito cansado. Os olhos dele ficam vermelhos, parece que trabalhou muito. Não está bêbado mais.
"Caramba, como vc consegui?!"
"Não pergunta..., única coisa que posso dizer, que várias partes ja estávam em lados muito diferentes."
Estou olhando bicicleta. Me parece, que melhorou muito!!!
Corrente ta limpo, pneus finas, tá limpo...
Olho a Carlos. Éle tá olhando de me.
"Já estava decomposta, dois caras da favela do lado la roubaram e queriam vender por partes. Eles concertaram todo, só que..." Carlos olha pra baixo.
"Só que..., QUE!"
"So que, eu liguei, achei, fiquei correndo atrás...sabe, como são as coisas!"
"Aha..." Não sei porra nenhuma.
Trouxe minha bicicleta de um lugar esquisito da Europa, 15000 kilometros do Brazil, usei la por primeira vêz no Rio, foi roubada, decomposta em uma favela da Ipanema, tinha partes dela concertadas, foi de novo composta e entregue para me, durante um dia.
Me parece muito engraçado.
Minha bicicleta está agora de volta na república Tcheca.
E éla tem uma história espectacular.